quinta-feira, 18 de abril de 2013

APRESENTANDO A PSICOLOGIA ESCOLAR


- Bom dia!
- Bom dia, em que posso ajuda-lo?
- Vim me apresentar ao Senhor. Eu sou o psicólogo escolar e vim contribuir com sua escola.
- Nossa que bom, nossa escola precisa mesmo de um psicólogo. Temos diversos alunos com problemas! Crianças com dificuldades de aprendizagem, pais relapsos, adolescentes que não querem nada com nada...

Quem é o psicólogo escolar? O que ele faz? 
Esta pergunta esta presente na maioria das vezes que o psicólogo vai ocupar um espaço em alguma escola. Normalmente os professores se aproximam e logo relatam dificuldades que possuem com determinados alunos, e pedem para o psicólogo “dar uma olhadinha”. A ideia de que o psicólogo terá uma sala de atendimento onde alunos serão atendidos individualmente, afim de serem “curados” de seus problemas de aprendizagem ou de comportamento é muito comum. 

Mas seria esta a função de um psicólogo escolar?

A psicologia escolar tem conhecimentos que auxiliam na: investigação, compreensão, construção e aperfeiçoamento da aprendizagem, da cidadania, do respeito, da humanização e do desenvolvimento humano. Tem como eixo o desenvolvimento do viver em cidadania e busca formas de apoiar o progresso de aquisição de conhecimento do aluno, respeitando diferenças individuais. Planeja transformações sociais e prevenções em saúde junto à comunidade escolar.

Mas como o psicólogo faz isso? Como ele aplica esses conhecimentos? Através de quais atividades?  

A primeira atividade do psicólogo escolar é sempre o planejamento e a organização de seus métodos e técnicas. Para isso ele precisa conhecer a realidade e o cotidiano da escola onde atua, o nome que se dá a este processo se chama Diagnóstico Institucional. A coleta de dados para compor este diagnóstico, normalmente se dá pela observação, estudo de documentação e entrevistas com toda a comunidade escolar.

Vamos conhecer agora, outros métodos e técnicas (atividades) que o Psicólogo Escolar tem disponível para fazer uso sempre que achar necessário. Quando ele exerce essas atividades sempre será uma escolha baseada naquele processo dito acima, o tal Diagnóstico Institucional.

Atividades Junto as Direções e a Professores
1. Realização de diagnóstico institucional para posterior planejamento e intervenção;
2. Apoio à elaboração do PPP (integração da equipe, linha político pedagógica, decisões);
3. Elaboração de projetos em conjunto com toda a equipe escolar;
4. Mediação de conflitos;
5. Medidas que visem à melhoria da qualidade da aprendizagem;
6. Apoio a projetos de qualidade de vida no trabalho (professores e funcionários);
7. Apoio na definição de objetivos educacionais, conteúdos, métodos e material didático;
8. Apoio à articulação entre teorias de aprendizagem e práticas pedagógicas;
9. Suporte prático ao resgate e reforço da autonomia do professor;
10. Atividades de desenvolvimento profissional (treinamentos, pesquisas, grupos);
11. Orientação, intervenção e acompanhamento para dificuldades individuais e/ou de grupo (acadêmicas e/ou comportamentais);
12. Orientação, intervenção e acompanhamento a casos de inclusão;
13. Participação e/ou coordenação de reuniões multidisciplinares para discussão de casos.

Atividades Junto aos Alunos
14. Projetos de apoio à construção da identidade pessoal (autoestima, socialização, etc.);
15. Elaboração, em conjunto com a equipe pedagógica, de planos de intervenção para alunos em risco;
16. Elaboração, desenvolvimento e acompanhamento de projetos de educação sexual, prevenção ao uso de drogas, prevenção à violência, socialização, etc.;
17. Atendimento a situações de emergência psicológica que necessitem de intervenção imediata, para posterior encaminhamento.
18. Avaliação e encaminhamento de alunos para atendimentos ao se detectar necessidades específicas;

Atividades Junto aos Pais e Comunidade Escolar
19. Orientações a pais e familiares;
20. Palestras e atividades de esclarecimento, educação e prevenção (rendimento acadêmico, desenvolvimento humano, limites, relacionamentos, momentos especiais na vida da família, participação dos pais na vida de seus filhos e na escola, prevenção ao abuso de substâncias químicas, educação sexual, etc.);
21. Participação em atividades que auxiliem a escola a cumprir suas finalidades sociais, em especial, na busca do fortalecimento do elo família-escola;
22. Desenvolvimento de propostas/programas que promovam o desenvolvimento de habilidades sociais (convivência com o outro, ser, saber, conviver e relacionar);
23. Apoio e promoção de atividades que estimulem a criatividade e o desenvolvimento dos potenciais individuais e coletivos;
24. Esclarecimento para a comunidade quanto ao papel da escola, suas possibilidades e limites.

É muito importante lembrar que sempre que um aluno for o assunto a ser tratado com a Psicologia Escolar, devemos estar alicerçados na ética e no sigilo profissional. A divulgação de informações e os comentários entre colegas mesmo quando bem intencionados, pode prejudicar nossa tentativa de auxiliar os alunos gerando preconceitos, evasão, bullying e outras violências contra a criança.

- Viu só como a psicologia escolar é ampla e trabalha apoiando a todos!
- Ah, agora entendi! Eu sempre pensava que os psicólogos nas escolas atendiam as crianças em salas fechadas, tratando os seus problemas com as famílias. Mas agora eu sei que não é bem assim. O trabalho deles é junto com todos, professores, pais, direção, alunos e toda a comunidade escolar. Alias, com tanta coisa que dá para fazer, fica até difícil imaginar eles só fechados em “consultórios dentro da escola”.
- Isso mesmo, somos muito mais aqueles que ajudam a pensar junto no como resolveremos os problemas e não temos nenhuma mágica para curar ninguém! A resposta dos problemas sempre é construída com a união de todos!



NÃO SE ESQUEÇA DE COMENTAR O NOSSO MURAL NAS ESCOLAS.
PARTICIPEM!

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Att
Psicológos Escolares